terça-feira, 24 de setembro de 2013

As Gramáticas da Língua Falada versus Língua Escrita: Um estudo de abordagem multicultural e de cunho poético e de investigações, com reflexões acerca da real possibilidade de se fazer nascer uma pedagogia dialógica de matiz poiética, sob a linha educacional da educação sociocomunitária no processo ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa, seguindo os atuais Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) nos Ensinos Fundamental e Médio

Gostaria de compartilhar este esboço de meu trabalho de Mestrado, o resumo - abstract - para que tenham uma ideia do que me espera!

A dicotomia entre Língua Falada e Escrita deveria ser minimizada, pois uma depende da outra.



RESUMO:

O objetivo deste trabalho é discutir como, no processo ensino/aprendizagem, preconizado pelas atuais políticas públicas educacionais brasileiras, através dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), entre língua falada e língua escrita, mesmo sugerindo que a ênfase deveria ser pela primeira, constata-se que a preferência nas escolas e sistema educacional é pelo ensino da segunda. Por meio de um levantamento bibliográfico, assim como de pesquisa qualitativa com base na Pesquisa Participante, utilizando-se como instrumentos de coleta de dados entrevistas e questionários -  atinente ao tema – língua falada e língua escrita – procurar-se-á  levantar hipóteses das razões ideológicas que levam a esta preferência. A relevância deste tema justifica-se por se viver em um mundo e escola pós-modernos, multiculturalistas, que devem  priorizar aceitar o diferente, fomentar a alteridade, e, neste estudo, a alteridade se consubstancia pelo falar diferente que os alunos trazem às escolas públicas. Espera-se que a escola aceite as recomendações dos PCNs, ao partir para um ensino da língua materna do falar trazido pela cliente popular ao interior da mesma, através da dialogicidade. Busca-se em um primeiro momento compor o trabalho com o referencial teórico bibliográfico e também  interpretar os dados colhidos através de abordagem multicultural e de cunho poético e de investigações, com reflexões acerca da real possibilidade de se fazer nascer uma pedagogia dialógica de matiz poiética, sob a linha educacional da educação sociocomunitária no processo ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa.

Palavras-chave: Linguagem – Educação Multicultural e Sociocomunitária – PCNs – Pedagogia dialógica de matiz poiética.

FAUSTO E A MODERNIDADE EM JOHANN WOLFGANG VON GOETHE



O poema Fausto de Goethe instaurou, em certa medida, o início do Modernismo no mundo ocidental.




Estou pensando em escrever um artigo sobre a MODERNIDADE SOB A VISÃO DO GRANDE FILÓSOFO E ESCRITOR JOHANN WOLFGANG VON GOETHE. Este será meu próximo desafio. Sabemos que este escritor foi um precursor do Modernismo, especialmente com sua obra FAUSTO, na qual se sentem sinais claros da modernidade, que gostaria de analisar e estudar com mais profundidade. Pouco se fala deste vínculo e desta forte percepção, razão pela qual deve-se investir neste campo para estudá-lo melhor e tentar entender este nosso período do Pós-Modernismo.

BULLYING E FRACASSO ESCOLAR: CARACTERÍSTICAS E INTERVENÇÕES NO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM

Bom dia! Gostaria de compartilhar outro artigo que escrevi e que diz muito com relação à linguagem, desta vez com a linguagem da alteridade, do respeito para com o diferente que encontramos na vida acadêmica. Infelizmente, este respeito não existe, o que redunda em consequências terríveis, tais como o massacre do Realengo (RJ) em 2011. Pensando neste tema, e, como TCC final, elaborei o seguinte trabalho:

Uma das consequências do bullying é o fracasso escolar


TÍTULO: BULLYING E FRACASSO ESCOLAR - CARACTERISTICAS E INTERVENÇÕES



TITLE: BULLYING AND SCHOOLING FAILURE – CHARACTERISTICS AND INTERVENTIONS


RESUMO


A agressividade entre alunos, atualmente estudada como fenômeno bullying, é um mal que ocorre em instituições educacionais do mundo todo. Não obstante ser um fenômeno antigo foi negligenciado tanto no ambiente escolar, como no ambiente familiar, e vem granjeando destaque ultimamente nas pesquisas educacionais. O objetivo deste trabalho, entendido como Artigo Científico de Revisão Bibliográfica,  foi identificar, analisar o que se tem produzido cientificamente no concernente ao Bullying, entendido como fenômeno de agressividade no ambiente escolar, associado ao Fracasso Escolar. Pretendeu-se, ainda, ao estudá-lo em sua gênese, e em sua tipologia, alertar educadores e pais para o tratamento e prevenção deste fenômeno, que é um mal e que desencadeia sérios problemas no aprendizado dos educandos, levando-os ao Fracasso Escolar. Assim, verificou-se a relevância do tema, especialmente pelas suas consequências dramáticas e funestas, que apontam para a necessária intervenção imediata de familiares e profissionais da educação.







Palavras-chave: Violência escolar. Bullying. Fracasso Escolar.

ABSTRACT:



Agressivity, amongst students, is being studied as a fenomenon known as bullying. It happens all over the schools of the world. Notwithstanding is an old fenomenon, it was neglected as much inside the school environment as in the families. It has been attracting spot-light lately on educational researches. This paper, understood as a Scientific Article of Bibliographical Review, objects to identify, analyse what has been scientifically done concerning to Bullying, understood as a agressivity fenomenon inside the school environment, associated with Schooling Failure. It was still intended to study it in its early genesis, in its typology, to warn Educators and parents to the right treatment and prevention of this fenomenon, which is a wicked symptom of the present time and breaks out serious problems on the students Learning, carrying them  to Schooling Failure.It is shown the fenomenon characterization, its consequences for the players on the problem, the teachers and parents role in facing the problem (bullying) and ways to cope with it in order to neutralize its consequences into the school. In order to write this paper it was used, as data resources, articles and texts located in libraries, scientific literature data base and relevant internet pages.





Key-Words: School Violence. Bullying. Schooling Failure.



                                          
Introdução 

 Segundo Lopes Neto, em seu artigo "Bullying - Comportamento Agressivo entre Estudantes" (2005), a violência é um problema de saúde pública importante e crescente no mundo, com sérias consequências individuais e sociais, particularmente entre jovens. Ora, o autor procurou  trabalhar o  termo ‘violência escolar’ no que  diz respeito a todos os comportamentos agressivos e anti-sociais, incluindo os conflitos interpessoais, danos ao patrimônio, atos criminosos, etc. Muitas dessas situações dependem de fatores externos, cujas intervenções podem estar além da competência e capacidade das entidades de ensino e de seus funcionários. Porém, para um sem número delas, a solução possível pode ser obtida no próprio ambiente escolar. O autor define o termo bullying, como produto e materialização dessa violência escolar, e nos traz dados estatísticos da ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência).
Outros autores que foram mencionados no presente estudo são Menezes e Castelo Branco, no trabalho acadêmico intitulado  "Estudo do fenômeno do Bullying e suas repercussões sócio-educacionais" (2008), no qual os autores analisaram a agressividade como fator que ocorre nas instituições escolares de todo o mundo e é tão antigo quanto a própria escola. Também definiram e delimitaram o fenômeno bullying, dando exemplos de casos que foram utilizados no presente trabalho, dando, também,  as implicações sócio-educacionais tanto para os praticantes como para os que sofrem o bullying. Enfatizaram o papel da Educação enquanto agente coibidor de tal prática, mediando, intercedendo em favor da vítima de bullying para debelar tal mal. 
Nesse contexto, objetivou-se fazer um estudo tomando por base a historicização do bullying, sendo certo que se estudaram dois itens principais, devido à extensão do tema e pelo fato de se ter como objetivo ater à sua ligação com o ambiente escolar, ou seja, quais as características e intervenções que a Escola pode fazer para evitar que o Bullying seja fator de Fracasso Escolar:
a) histórico do bullying (características, termos, aspectos psicológicos) e situação em outros países;
b) papel da Escola frente a esse desafio – bullying. Os educadores estão preparados para enfrentar esse problema? Qual a formação, base teórica que eles recebem para contornar e vencer esse mal?
c) como prevenir o Fracasso Escolar, sabendo que tal fenômeno pode e deve ser evitado a todo custo?



A discriminação entre jovens é meio passo para um adulto que usa da assimetria do poder, querendo se impor a tudo e a todos.

Este estudo se justificou pelo fato de que se vive em uma sociedade violenta, opressora, na qual o mais forte tanto fisica como economicamente prepondera, achaca o semelhante, não respeitando o direito alheio de ser diferente, de ter sua própria individualidade e personalidade. Ora, nesse contexto, escolheu-se o tema que se desenvolve através do presente Artigo Científico de Revisão Bibliográfica. Devido ao fato de o problema ser recente, pelo menos no que tange ao afloramento e denúncia da sociedade quanto a isso, tal pesquisa se justificou, na medida em que tentou desvendar e desvelar os meandros do mesmo, ou seja, historicizar, situacionar dentro do contexto escolar tal, fato este que não interessa à sociedade atual, que visa sempre o sucesso do aluno. 
Assim sendo, tal pesquisa foi de suma importância, pois ajudará educadores, e outros interessados no saneamento do problema ora debatido a entendê-lo melhor para extirpá-lo, ou, pelo menos, minimizá-lo de nossa sociedade. 
Uma retrospectiva sobre o Fenômeno Bullying
O fenômeno conhecido como bullying sempre ocorreu no decorrer da História humana, todavia, foi somente em meados do século passado (XX) que pesquisadores, estudiosos se debruçaram para tentar deslindar esse fenômeno que tanto mal traz para a sociedade humana, tanto no aspecto interpessoal como no familiar e escolar.
Afinal, o que significa tal vocábulo? Pode-se dizer que sempre houve estudos sobre as influências do ambiente escolar e dos sistemas educacionais sobre o desenvolvimento acadêmico do jovem (LOPES NETO, 2005), todavia, o fenômeno bullying, que ocorre no ambiente escolar, foi estudado tão somente a partir de 1990, visto que a agressividade nas escolas é um problema universal que estava tomando proporções desmedidas e inaceitáveis no presente tempo.
           Pode-se definir bullying como um fenômeno que compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudante contra outro(s), causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder (LOPES NETO, 2005). Na verdade, o que ocorre é uma assimetria de poder, no qual alguém mais forte tanto fisica como psicologicamente falando, exerce violência contra outro.
          Digno de nota é ressaltar que essa assimetria é tradicionalmente admitida como natural, sendo habitualmente ignorada ou não valorizada, tanto pelos professores quanto pelos pais (LOPES NETO, 2005). Com tal assertiva pode-se aferir o quanto o fenômeno é pernicioso, pois ele exerce seu caráter de maneira subreptícia, inoculando em seus agentes a aceitabilidade, o caráter de normalidade, não suscitando o contraditório, o questionamento e eliminação deste mal.
          Não há dúvida de que a identificação da violência escolar é um fato tão antigo quanto a própria escola. Ele advém tanto da violência que se alastra como uma praga na sociedade e que, por sua vez, acaba contaminando as instituições escolares sejam elas públicas ou privadas, como também pode ser gerado por fatores internos, ou seja, nasce do próprio ambiente pedagógico a partir da relação entre sujeitos (MENEZES, CASTELO BRANCO, 2008).
          O termo violência é muito abrangente, pois contempla uma ampla gama de comportamentos como agressão, bullying, intimidação, ameaça, ofensa à integridade, combate, roubo e vandalismo. Estas ações podem ocorrer dentro ou fora das escolas, e entre diferentes díades, ou seja, aluno-aluno, professor-aluno. Também o corpo administrativo escolar, ex-alunos e outras pessoas que não pertencem à escola, podem ser envolvidos, quer como vítimas, ou como agentes (CARVALHOSA, MOLEIRO & SALES, 2009).
        O vocábulo bullying foi adotado universalmente em decorrência da dificuldade em traduzi-lo para as diversas línguas. No transcorrer da Conferência Internacional Online School Bullying and Violence, de maio a junho de 2005, ficou caracterizado que o amplo conceito dado à palavra bullying dificulta a identificação de um termo nativo correspondente em países como Alemanha, França, Espanha, Portugal e Brasil, entre outros (Visionary-net. School Bullying and violence. 2005 may 4- jun 3. www.conference.bullying-in-school.info. Acesso em 30.06.11).
        Geralmente considerada como violência no contexto escolar, um grande número de estudos teve como ponto de partida para análise, a indisciplina, a agressão (COSTA & VALE, 1998 apud NEGREIROS, 2003), e o bullying. No presente trabalho, frise-se, centrou-se apenas no fenômeno bullying.
        As pesquisas sobre bullying são recentes e ganharam destaque a partir dos anos 1990, principalmente com Olweus, 1993; Smith & Sharp, 1994; Ross, 1996; Rigby, 1996 (apud LOPES NETO, 2005). Segundo o autor, estudos indicaram que a prevalência de estudantes vitimizados varia de 8 a 46%, e de agressores, de 5 a 30%.
        De acordo com a definição proposta por Dan Olweus, o bullying envolve intencionalidade do comportamento, a repetição ao longo do tempo e o abuso de poder entre pares (alunos) (OLWEUS, 1993). As ações negativas podem ser verbais, como, por exemplo, ridicularizar alguém; físicas, como, por exemplo, bater em alguém, ou sociais, como, por exemplo, excluir socialmente (CARVALHOSA, MOLEIRO & SALES, 2009).
        Dentro do contexto escolar brasileiro, a escola sempre foi vista como um local de aprendizado, avaliando-se o desempenho dos alunos com base nas notas dos testes de conhecimento e no cumprimento de tarefas acadêmicas. Entrementes, existem três (03) documentos legais que formam a base de entendimento com relação ao desenvolvimento e educação de crianças e adolescentes: a Constituição da República Federativa do Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Convenção sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas. Em todos esses diplomas legais se encontram previstos direitos ao respeito e à dignidade, sendo a educação entendida como um meio de prover o pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania (LOPES NETO, 2005).
        Dentro deste contexto, sempre se desejou que as escolas fossem ambientes seguros e saudáveis, nos quais as crianças e adolescentes pudessem desenvolver, ao máximo, os seus potenciais intelectuais e sociais. Portanto, não se pode admitir que sofram violências que lhes tragam danos físicos e/ou psicológicos, que testemunhem tais fatos e se calem para que não sejam também agredidos e acabem por achá-los banais ou, pior ainda, que diante da omissão e tolerância dos adultos, adotem comportamentos agressivos.
Classificação
        O bullying é classificado como direto, quando as vítimas são atacadas diretamente, ou indireto, quando estão ausentes. São considerados bullying direto os apelidos, agressões físicas, ameaças, roubos, ofensas verbais ou expressões e gestos que geram mal estar aos alvos. São atos utilizados com uma frequência quatro vezes maior entre os meninos. O bullying indireto compreende atitudes de indiferença, isolamento, difamação e negação aos desejos, sendo mais adotados pelas meninas (NETO AA; SAAVEDRA LH, 2004).
        Com o advento de novas técnicas de comunicação via teleinformática, uma nova forma de bullying tem sido observada com uma frequência cada vez maior no mundo. Trata-se do uso da tecnologia de informação e comunicação (e-mails, telefones celulares, mensagens por pagers ou celulares, fotos digitais, sites pessoais difamatórios, ações difamatórias online) como recurso para a adoção de comportamentos deliberados, repetidos e hostis, de um indivíduo ou grupo, que pretende causar danos a outros (SHROFF PENDLEY, J.S. Bullying and your child. Disponível em: <www.kidshealth.org.parent/emotions/bullies.html>. Acesso em 05.08.11) A vitimização através de telefones celulares foi admitida por 14 a 23 % dos adolescentes entrevistados em três pesquisas (Idem. Acesso em 05.08.11).
Fatores de Risco
        Fatores econômicos, sociais e culturais, aspectos inatos de temperamento (psicológicos) e influências familiares, de amigos, da escola e da comunidade, constituem riscos para a manifestação do bullying e causam impacto na saúde e desenvolvimento de crianças e adolescentes. (Disponível em: - www.ldonline.org.ld_indepth/social_skills/preventing_bullying - acesso em 05.08.11 Acesso em 05.08.11).
        O bullying é mais prevalente entre alunos com idades compreendidas entre 11 e 13 anos, sendo certo que a incidência é menor entre alunos na educação infantil e ensino médio. Quanto ao gênero dos agressores, predomina o sexo masculino, enquanto que no papel de vítima não há diferença entre os gêneros. O fato de predomínio do sexo masculino entre os agressores, não significa que sejam mais agressivos, mas tão-somente que têm maior possibilidade de adotar esse tipo de comportamento. Todavia, quanto à dificuldade em identificar bullying entre meninas, indica que elas se utilizam de formas mais sutis para praticá-lo.
        Levando-se em conta que a maioria dos atos de bullying são praticados longe do campo de visão dos adultos, e que grande parte das vítimas não reage ou fala sobre a agressão sofrida, pode-se entender por que professores e pais têm pouca percepção do fenômeno, subestimam a sua prevalência e atuam de forma insuficiente para sua redução e interrupção (ESLEA M.; REES J., 2001). A ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência) identificou que 51,8% dos autores de bullying admitiram não terem sido advertidos (NETO AA; SAAVEDRA LH., 2004). A aparente aceitação dos adultos e a consequente sensação de impunidade favorecem a perpetuação do comportamento agressivo.
        Todavia, a redução dos fatores de risco pode desempenhar um papel preventivo, no sentido de se prevenir o comportamento agressivo entre crianças e adolescentes. O foco deve ser no sentido de envidar todos os esforços para diminuir/eliminar a violência dentro do contexto escolar, doméstico e comunitário, além daquele que a mídia enfoca e tem como glamour (lutas marciais, filmes violentos,  games de guerra, etc).
Formas de envolvimento dos estudantes
        Tanto as crianças quanto os adolescentes podem ser classificados, enquanto participantes do fenômeno bullying, como vítimas, agressores ou testemunhas de acordo com sua atitude diante dessas situações de bullying. É impossível prever qual papel adotará cada aluno, uma vez que pode ser alterado de acordo com as circunstâncias (DAWKINS, J., 1995).
        A metodologia de classificação adotada pela ABRAPIA prezou pelo cuidado em não rotular previamente os estudantes, evitando que estes fossem estigmatizados pela comunidade escolar. Desta maneira, adotaram-se os termos de bullying (agressor), alvo de bullying (vítima), alvo/autor de bullying (agressor/vítima) e testemunha de bullying (NETO AA, SAAVEDRA LH., 2004).
Alvos de bullying
        Quais seriam os alunos alvos de bullying? Pode-se considerar aquele aluno que é exposto, de forma repetida e durante certo tempo, às ações negativas perpetradas por um ou mais alunos. Deve-se entender como ações negativas as situações nas quais alguém, de forma intencional e repetida, causa dano, fere ou incomoda outra pessoa.
        Via de regra, eles não dispõem de recursos, status ou habilidade para contrapor ou cessar o bullying. Também pode-se dizer que as vítimas deste fenômeno  são pouco sociáveis, inseguras e desesperançadas quanto à possibilidade de adequação ao grupo ao qual pertençam. Sua já presente baixa auto-estima é incrementada por críticas dos adultos acerca de sua vida ou comportamento, dificultando a possibilidade de ajuda. Tem poucos amigos, é passivo, retraído, infeliz e sofre com a vergonha, medo, depressão e ansiedade. De uma maneira geral, sua auto-estima está tão comprometida que acredita que é merecedor destes maus-tratos inflingidos pelos perpetradores do bulllying (NETO AA, SAAVEDRA LH. 2004).
        Indiscutível que o tempo e a regularidade das agressões contribuem fortemente para o agravamento dos efeitos, que podem comprometer o desenvolvimento acadêmico, além de aumentar a ansiedade, insegurança e o conceito negativo de si mesmo. A fim de se evitar novas agressões, a vítima se excluiu do ambiente escolar e do convívio social,  achando que, com isso, será poupada.
        O papel desempenhado pela família, embora não haja estudos precisos sobre métodos educativos familiares que incitem o desenvolvimento do bullying, indicaram que alguns deles são facilitadores, tais como: proteção excessiva, gerador de dificuldades para encarar os desafios e para se defender; tratamento infantilizado, causador de desenvolvimento psíquico e emocional aquém daquele que é tido como aceitável pelo grupo; e o papel de “bode expiatório” da família, no qual ele sofre críticas sistemáticas e é responsabilizado pelas frustrações e traumas dos pais.
        Em casos específicos nos quais houve situações nas quais alunos armados invadiram as escolas e atiraram contra colegas e professores, cerca de dois terços desses jovens eram vítimas de bullying, sendo certo que lançaram mão de armas para combater o poder que os sucumbia e os subjulgava. As agressões não tinham objetos e alvos específicos, o que se sugeria que havia um desejo oculto de se “matar a Escola”, local onde, diuturnamente, todos presenciavam seu sofrimento e nada faziam para protegê-los e impedir tal violência (NETO AA, SAAVEDRA LH. 2004).
        De maneira geral, é pouco comum que a vítima do fenômeno bullying se abra, revelando, de maneira espontanea a violência sofrida, visto recear retaliações, pois descrê nas atitudes favoráveis da escola ou por recear possíveis críticas. Nas pesquisas conduzidas pela ABRAPIA, 41,6% dos alunos alvos admitiram não ter falado a ninguém sobre essa violência. Entrementes, o silêncio somente é interrompido quando as vítimas sentem que serão, efetivamente, ouvidas, respeitadas e seu drama valorizado. Conscientizar crianças e adolescentes que essa violência oculta e subrepticia é inaceitável e que não será tolerada permite que o enfrentamento deste mal seja feito com mais firmeza, transparência e liberdade.
Autores de bullying ou bullies
        Quais seriam as condições familiares adversas para o aparecimento e desenvolvimento da agresssividade nas crianças? Segundo pesquisas, houve a identificação da desestruturação familiar, do relacionamento afetivo pobre, do excesso de tolerância ou de permissividade e da prática de maus-tratos físicos ou explosões emocionais como forma de afirmação do poder dos pais como essas condições (NETO AA, SAAVEDRA LH., 2004).
        Não se pode negar que fatores individuais influem na adoção de comportamentos agressivos, tais como: hiperatividade, impulsividade, distúrbios comportamentais, dificuldade de atenção, baixa inteligência e desempenho escolar deficiente.
        Via de regra, o autor do bullying é uma figura bastante popular no meio escolar; existe uma tendência de se envolver em uma grande gama de comportamentos anti-sociais; pode mostrar-se agressivo inclusive com os adultos; é impulsivo; encara como qualidade essa agressividade; exibe opiniões favoráveis sobre si mesmo, no que tange ao bullying, é geralmente mais forte que seu alvo; sente um prazer e satisfação sádica em dominar, controlar e causar danos e sofrimentos a outros. Tirando esse fato, pode haver um “componente benefício” em sua conduta anti-social, como ganhos sociais e materiais (University of Colorado. Center of Study and Prevention of ViolenceInstitute of Behavioral Science at University at Bouder. Blueprints for violence prevention Training and technical assistance. Disponibilizado em: www.colorado.edu/cspv/blueprints/model/programs/BPP.html. Acesso em 01.09.11).
São, para se dizer, menos satisfeitos com a escolar e as respectivas famílias, mais propensos ao absenteísmo e à evasão escolar e têm uma tendência maior para apresentarem comportamentos de risco (consumir tabaco, álcool ou outras drogas, portar armas, brigar, etc). Frise-se que as possibilidades são maiores em crianças ou adolescentes que adotam atitudes anti-sociais antes da puberdade e por longo tempo (LD Online. Bullying : Peer abuse in schools. Source: Preventing Bullying – A manual for Schools and Communities US Department of Education 11/3/1998, www.ldonlline.org/ld_indepth/socil_skills/preventing_bullying.html. Acesso em 01.09.11).   
        Também pode manter um pequeno grupo em torno de si, através da força física e constrangimento, que atua como coadjuvante, auxiliar em suas agressões ou é indicado para agredir o alvo. Neste diapasão, o autor dilui, minimiza a responsabilidade por todos ou a transfere para seus liderados. Esses coadjuvantes, identificados como assistentes ou seguidores, raramente tomam a iniciativa da agressão, são inseguros ou ansiosos e se submetem à liderança do autor de bullying ou para se proteger ou pelo prazer de pertencer ao grupo dominante (PEARCE; THOMPSON, 1998).
Testemunhas de bullying
        Em sua grande maioria, os alunos não se envolvem diretamente em atos de bullying, e, via de regra, se calam por medo de ser a “próxima vítima”, visto não terem parâmetro de como agir e por não acreditarem na eficácia da escola enquanto ente que coíbe tal fenômeno. Essa atitude de silêncio pode ser entendida pelos autores como afirmação de seu poder, o que ajuda a acobertar tais atos, transmitindo uma falsa tranquilidade aos adultos (NETO AA, SAAVEDRA LH, 2004).
        Grande parte das testemunhas sente simpatia pelos alvos, tende a não culpá-los pelo ocorrido, condena o comportamento dos autores e deseja que os professores intervenham mais efetivamente (MENESINI et al, 1998).
        A maneira como agem enquanto coadjuvantes ao fenômeno bullying permitiu classificá-los como auxiliares (participam ativamente da agressão), incentivadores (incitam e estimulam o autor), observadores (só observam ou se afastam) ou defensores (protegem o alvo ou chamam um adulto para interromper a agressão).
        Um número expressivo de testemunhas é levado a acreditar que o uso de comportamentos agressivos contra os colegas é a via mais rápida para alcançarem a popularidade e o poder e, por isso, tornam-se autores de bullying (LOPES NETO, 2005). Outros podem, ainda, revelar prejuízo no aprendizado; receiam ser relacionados à figura do alvo, ao perder seu status e tornar-se alvos, também, ou aderem ao bullying por pressão de colegas (LD Online. Bullying: Peer abuse in schools. Source: Preventing Bullying – A manual for Schools and Communities US Department of    Education11/3/1998. Disponível em: www.ldonlline.org/ld_indepth/socil_skills/preventing_bullying.html. Acesso em 01.09.11).
        Ocorre que, se as testemunhas interferirem e tentarem cessar o bullying, essas ações se efetivam na maioria dos casos. Daí, a importância em incentivar o uso desse poder advindo do grupo, ao conscientizar os autores a se sentirem sem o apoio social necessário (NETO AA, SAAVEDRA LH, 2004).
Alvos/autores de bullying
        Cerca de 20% dos alunos autores também se mostraram ser vítimas de bullying, sendo, portanto, denominados de alvos/autores. A química combinativa baixa auto-estima e atitudes agressivas e provocativas indicou que uma criança ou adolescente tem, como razão para a prática de bullying, prováveis alterações psicológicas, devendo, consequentemente, merecer uma atenção especial. Podem, ainda, ser depressivos, inseguros e inoportunos, procurar humilhar os colegas com o intuito de encobrir suas limitações. Pelo fato de serem impopulares e pelo alto índice de rejeição entre seus colegas, e por vezes, pela turma toda, eles se diferenciam dos alvos típicos. Também podem-se destacar sintomas depressivos, pensamentos suicidas e distúrbios psiquiátricos neste grupo (NETO AA, SAAVEDRA LH. 2004).
Consequências do bullying
        Diante de tudo o que se expôs no corpus deste trabalho, pode-se afirmar que alvos, autores e testemunhas enfrentam consequências físicas e emocionais de curto e longo prazo (American Violence Association. Comission for the prevention of youth violence. Youth and violence. Disponível em: www.ama-assn.org/ama/upload/mm/386/fullreport.pdf acesso em 02.09.11), as quais podem causar dificuldades acadêmicas, sociais, emocionais e legais. Desnecessário afirmar que as crianças e adolescentes não são acometidas de maneira uniforme, mas sim existe uma relação direta com a frequência, duração e severidade dos atos de bullying (NETO AA, SAAVEDRA LH, 2004).
        Quanto mais jovem a pessoa sofreu bullying, mais propensa está a sofrer de depressão e baixa auto-estima quando adultos. Analogamente, quanto mais jovem a criança apresentar agressividade, maior será o risco de apresentar problemas associados a comportamentos antissociais em adultos e à perda de oportunidades, assim como a instabilidade em empregos, e em  relacionamentos afetivos que serão pobres, além de dura duração (Disponivel em: www.kidshealth.org.parent/emotions/bullies.html. Acesso em 05.08.11).
        Inequívoco afirmar que, com o simples testemunho de atos de bullying, já é suficiente para causar descontentamento com a escola e comprometer o desenvolvimento acadêmico e social.
        Devem-se mencionar, ainda, prejuízos financeiros e sociais que são oriundos do bullying, pois atingem também as famílias, escolas e a sociedade em geral. Crianças e adolescentes que são atingidos pelo fenômeno quer sofram, quer pratiquem, podem vir a necessitar de múltiplos serviços,  tais como saúde mental, Justiça da Infância e Adolescência, educação especial e programas sociais.
        Quanto ao comportamento dos pais dos alunos-alvo, verificou-se que podem ocorrer a variação desde a descrença ou indiferença até reações de ira, raiva e inconformismo contra si próprios e contra a escola. O sentimento de impotência, culpa e incapacidade para vencer o bullying na vida de seus filhos passou a ser a principal preocupação de suas vidas, surgindo, deste modo, sintomas depressivos e influenciando sua performance no trabalho e nas relações interpessoais. Já a negação ou indiferença da comunidade escolar (professores, gestores de escolas) pode gerar desestimulo e a sensação de que não existe, realmente, uma preocupação pela segurança dos alunos (Anonyme Foreldre. Av MOBBEOFRE. Dag Oulie Psychiatrist. Disponível em: www.afam.no/cgi/nyheter.pl?id=37&lang=1. Acesso: 02.09.11).
        No que tange à relação familiar, esta pode ser seriamente comprometida. Isto porque a criança ou adolescente pode sentir-se traído, se perceber que os pais põem em cheque seus relatos ou, ainda, quando suas ações não são assertivas (American Academy of Child & Adolescent Psychiatry. Bullying. AACAP facts for families no. 80; c. 2004. Disponível em: www.aacap.org/pubblications/factsfam/80htm. Acesso em 02.09.11).
O Papel da Educação e Intervenções
        Atualmente, é indiscutível que a violência pode ser banida ou, ao menos, ter seus efeitos minimizados, caso os seus condicionantes forem modificados. Neste sentido, a educação embora sozinha não consiga dar conta desta tarefa, terá, sim, um papel fundamental para extinção ou não reprodução deste mal.
        A fim de construir uma sociedade onde não impere a violência, é imprescindível que os órgãos competentes tenham um olhar mais acurado para o papel da Educação, pelo fato de que é nele que deve iniciar a construção de uma cultura de paz.
        Lopes Neto (2005) afirma que existem vários exemplos bem sucedidos de iniciativas contra a violência em diferentes lugares do mundo, que vão desde programas de menor porte até políticas de abrangência nacional.
        Não obstante tais exemplos, a ausência de referências tem dificultado a educação dos jovens do século XXI. Quer-se dizer com isso que os pais estão cada vez mais ausentes, e tem-se dado uma procuração em branco somente à escola com a finalidade de educar as crianças. Neglicenciam, ainda, a educação emocional de seus filhos e não estão acostumados a exercer o diálogo em casa. A situação tem-se deteriorado, uma vez que muitas vezes a própria escola tem se mostrado ineficiente ao trabalhar a afetividade dos alunos. Neste diapasão, os estudantes acabam reproduzindo na escola a educação que receberam em casa (ou ainda, a falta dela), em suas relações interpessoais, através da agressividade (CHALITA, 2008).
        Neste diapasão, a intervenção e prevenção do fenômeno bullying em uma determinada escola dependerão, majoritariamente, da consciência da comunidade escolar sobre a existência do fenômeno e principalmente da relevância das consequências geradas pelo mesmo. Havendo o entendimento de que o bullying existe em grau maior ou menor em suas mais diversas realidades, e que  não depende da classe social ou rede de ensino (particular ou pública) e que também ele é um fato gerador de outras formas de violência, diríamos, matriz de outros males de uma comunidade escolar, será fundamental para o sucesso ou insucesso no enfrentamento da violência entre escolares. Em outras palavras, primeiramente deve-se ter o conhecimento ou aceitação do fenômeno bullying (FANTE, 2005).
        Não se deve esquecer, ainda, que os educadores devem aprender a lidar com suas emoções para, deste modo, se tornarem capacitados a trabalhar com as emoções de seus alunos, abordando em suas aulas o tema transversal da afetividade. Assim o fazendo, os profissionais de Educação aprenderão a trabalhar com seus conflitos e com as variegadas formas de violência, em especial com o fenômeno bullying (FANTE, 2005).
        Neste contexto, é imprescindível que haja o desenvolvimento de ações solidárias nas escolas, objetivando o resgate da cidadania, a tolerância, o respeito ao próximo e a consciência e valorização das individualidades, quer sejam de gênero ou comportamentais, além de promover um ambiente que favoreça a melhora da auto-estima do indivíduo. Assim o fazendo, investindo na formação de pessoas melhores, como consequência constrói-se uma sociedade melhor (CHALITA, 2008).
        Ademais, as ações de combate ao bullying são praticamente sem custos. Uma constante supervisão da escola por parte da escola estimulará os educandos a participar, mostrando aos agressores que estes não contam com o apoio do restante do grupo. Além disso, o tema pode ser abordado, ainda, através de dramatizações, assim como podem ser criados grupos de apoio às vítimas, para que sintam protegidas, consequentemente, auxiliando na solução dos casos (LOPES NETO, 2005).
       Não custa lembrar que todos os casos de bullying têm solução que deve ser encontrada entre os co-participantes do  processo ensino-aprendizagem diretos ou indiretos. Por ser um fenômeno muito complexo, quase nunca essa solução aparecerá num passe de mágica, ao acaso, de forma simples e rápida, sendo necessário, deste modo, um trabalho contínuo e preventivo, que deve ser inserido como um tema transversal nas diversas atividades escolares (LOPES NETO, 2005).
        Assim deve-se encorajar os alunos a participarem ativamente da supervisão e intervenção dos atos de bullying, pois o enfrentamento da situação pelas testemunhas demonstra aos autores que eles não terão o apoio do grupo. Treinamentos através de técnicas de dramatização podem ser úteis para que adquiram habilidade para lidar de diferentes formas. Uma outra estratégia é a formação de grupos de apoio, que protegem os alvos e auxiliam na solução das situações de bullying.
        Diante do que se expôs, fica perfeitamente claro que dois erros principais não podem ser cometidos. O primeiro é o de nunca subestimar o problema como simples brincadeira de idade, o que possivelmente só irá agravar mais ainda a situação. O segundo, é o equívoco de tratar isoladamente agressores e vítimas, como geralmente acontece nas escolas.
        Não obstante não haja uma fórmula pronta para o combate ao fenômeno bullying, é consenso entre os autores estudados o fato de que jamais devem ser tomadas atitudes violentas. Se não se pode indicar o caminho do sucesso nesta tarefa, ao menos é possível saber que enfrentar o problema com mais violência, seguramente levará a resultados sem êxito (LOPES NETO, 2005).
Somente com uma cultura de PAZ conseguiremos vencer o bullying e seus efeitos nefastos na sociedade e na escola

Conclusão

      Não há dúvida de que a violência, nos últimos anos, tem se desenvolvido e lançado seus tentáculos em todos os aspectos sociais, em escala mundial, acarretando graves consequências para a sociedade. Também não há dúvida de que esse tentáculo abarcou a escola, e ela tem se mostrado fraca e incapaz de combater esse fenômeno de condutas anti-sociais que ocorrem dentro de seu seio. Vários tipos de violência ocorrem dentro do ambiente escolar, mas o que se destaca, ultimamente, é a agressividade entre os educandos, mais precisamente o fenômeno bullying.
     O que chama atenção neste fenômeno é o potencial que ele tem para gerar consequências drásticas e funestas ao psiquismo do indivíduo, acarretando prejuízos de ordem emocional e sócio-educacional, em especial relacionada ao fracasso escolar.
    O fato de se desprezar ou minimizar o bullying como uma atitude de menor relevância é o principal obstáculo para sua superação, indicando a necessidade de se ter mais discussões e trabalhos desveladores a seu respeito, visando à conscientização do mal, assim como alertar à comunidade escolar que ela nunca deve continuar funcionando como mera reprodutora dessa forma de violência.
    Neste contexto, a importância deste trabalho foi o de ser voltado não somente para estudos acadêmicos, mas para a sociedade como um todo, com o intuito de se alertar, ampliar os debates acerca do fenômeno bullying na escola. .
    As soluções para debelar e prevenir esse mal não são das mais simples, visto que deve haver uma ação contínua e interdisciplinar, partindo-se da parceria entre a família, a escola, assim como os profissionais da área de saúde. Batalhando sob esse comando, será possível construir um ambiente de paz e felicidade que é essencial para qualquer indivíduo.
    A construção de uma sociedade melhor depende de diversos fatores que muitas vezes fogem da competência da Educação, mas por outro lado, ela desempenha um papel essencial nesse jogo de socialização do educando, a partir do resgate de valores tais como a solidariedade, o respeito, a tolerância para como diferente, o amor, para, deste modo, se criar laços entre os indivíduos, e que estão cada vez mais frágeis. É inquestionável que a formação de seres humanos melhores é a pedra basilar para a construção de um mundo melhor.

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