sábado, 30 de agosto de 2014

A Ilha do Conhecimento

Até que ponto podemos conhecer? Chegará uma hora em que, diante da avalanche de conhecimento, o ser humano vai achar que não há nada a conhecer? E, caso contrário, quando tudo for conhecido, o que o homem pode fazer neste mundo a ser construído??





Estas são perguntas que atormentam o físico e astrônomo carioca Marcelo Gleiser e foram magistralmente colocadas e tentadas a serem respondidas em seu último livro intitulado ILHA DO CONHECIMENTO (ed. Record; 364 páginas, 52 reais, ou 36 reais na versão digital). Ele chega a uma conclusão inquietante: o mais provável é que não haja, jamais, como explicar tudo que nos circunda. Em suma, JAMAIS PODEREMOS ENTENDER E COMPREENDER O MUNDO EM QUE VIVEMOS.

O livro do físico é dividido em três partes:

  • na primeira, relaciona os esforços humanos para tentar compreender, por meio da física clássica, o mundo macroscópico ao nosso redor,
  • na segunda, o autor migra ara o micro, o das partículas que não podemos ver, mas cuja existência é atestada em fórmulas matemáticas e nos efeitos que esses tijolos microscópicos causam no mundo
Nestas duas primeiras partes, o autor está à vontade, pois discute assuntos de seu metier. Explica, com muito desenvoltura, como mentes brilhantes observaram  o mundo, encarando o céu - símbolo máximo do mistério da existència, e de nossa pequenez diante del - com a dúvida característica do olhar científico. Trata, ora de forma didática, ora pela via filosófica, das teses de Platão, Tycho Brahe, Galileu Galilei, Albert Einstein. Na sequência, mostra como os gênios modernos procuram explicar o microscópico, atividade em que a física clássica é descartada para dar lugar à física quântica, reino de teorias que mostram quão complexa poder ser a realidade. Na lista de formulações que para o leigo parecem mirabolantes estão a supersimetria, a teoria das cordas e a ideia do multiverso.


  • na terceira parte, tenta estudar formulações e tentativas de estudar nossa própria mente. Nesta parte, talvez devido a sua formação teórica de técnico em ciências eminentemente exatas, peca e comete seus deslizes, não deixando espaço para questionamentos, assim como de explicações convincentes.
Mesmo assim, sua obra merece ser lida, pois agrega valor e enseja o questionamento sobre a questão primeira: o que somos, o que conhecemos (Epistemologia) e até que ponto chegamos a conhecer. Merece ser lida e refletida.

7o. ENCONTRO PRESENCIAL DO CURSO EDUCAÇÃO INCLUSIVA DA UNESP

Das 08h00 às 12h00, realizamos o 7o. Encontro Presencial do Curso de Educação Inclusiva da UNESP.
A temática foi o ensino colaborativo e co-ensino, uma tendência moderna surgida nos últimos cinco (05) anos. Com ela em mente, a pauta foi a seguinte:


  • Informes Gerais,
  • Atividade 1: Aquecimento: Dinâmica É DANDO QUE SE RECEBE,
  • Atividade 2: Trabalho Colaborativo,
  • Intervalo,
  • Atividade 3: Mural Colaborativo,
  • Atividade 4: Vídeo: "Diversidade e Deficiências"

O que mais foi discutido e gerou muitas discussões, foi a análise do texto VOO SOLIDÁRIO de Fábio Otuzi Broto que disponibilizo abaixo:


Quando os gansos selvagens voam em formação "V", eles o fazem a uma velocidade até 70% maior do que se estivessem voando sozinhos. Eles partilham a liderança.

Quando o ganso que está no ápice do "V" se cansa, ele passa para trás da formação e outro se adiant para assumir a liderança.

Os gansos mais fortes ajudam os mais fracos. Quando um deles, por doença, fraqueza ou cansaço, sai da formação, outro s aproxima dele para ajudá-lo e protegê-lo.

Ref. BROTO, Fábio Otuzi. Voo Solidário. In: __________ (Org.). JOGOS COOPERATIVOS: se o importante é competir, o fundamental é cooperar. São Paulo, CEPEUSP, 1993.

Todo educador de Educação Especial deveria espelhar-se no exemplo dos gansos, para, com sua atitude proativa e de alteridade, embasar, sustentar e apoiar os alunos especiais. Na comunidade escolar, todos deveriam ajudar-se, desempenhando a liderança, mas sem os famosos "chiliques" e "síndrome do pequeno poder". Deveriam compartilhar tarefas, ajudar os mais fracos (intelectualmente falando), para que todos os educandos cheguem a ter uma educação de qualidade que todos têm direito.


FOTOS DO ENCONTRO: